quinta-feira, junho 29, 2006

Amar é perder-se e reencontrar-se no centro de um labirinto.


Uma pessoa racional, frente ao desafio da edificação de um labirinto, cartesianamente chegará à conclusão de que ele deverá ser construído de dentro para fora. Caso contrário, o arquiteto correrá o sério risco de se ver perdido dentro de sua própria criação.
Pois bem, o que faz o tal do amor? Contraria todas as regras mais básicas, inclusive essa.
Amar é construir um labirinto de fora para dentro.

* * * * *
Seguir por um corredor que não sabemos aonde vai dar.
Pender entre a esquerda, a direita ou o caminho à minha frente.
Escolher uma galeria, depois se arrepender.
Rever posições, dar alguns passos atrás, repetir os mesmos erros.
Acreditar que encontrou finalmente a saída, quando aquele era apenas o começo.
Zanzar para lá e para cá.
Sentir aquela sensação de déjà vu.
Desesperar-se em meio às bifurcações, dispersar-se, fazer uma pausa em meio ao caos.
Aos poucos, aprender a sentir prazer no puro ato de caminhar.
Segundo a definição de Luis Fernando Veríssimo, "labirinto é o caminho mais rápido entre o ponto A e o ponto B, para quem queira ir para o ponto C". Composto por corredores intrincados que se cruzam e entrelaçam, labirintos são escolas que ensinam o que é o Barroco. Em vez de uma vereda linear que leva o transeunte de um lugar para outro da maneira mais objetiva possível, o bom labirinto representa uma aventura que desafia seu oponente à perda e ao reencontro de si mesmo. Porque é preciso tatear caminhos, amalgamar lógica e intuição, parar para refletir sobre como percorrer da melhor forma possível divisões e galerias que parece levar a lugar algum.
Perder-se de si mesmo é uma boa maneira de se reencontrar.
Através do ímã de um olhar, surgem a atração e o desejo; fagulhas a partir das quais desencadeia-se a construção do labirinto. Entre conversas e confissões, carícias e convivência, corredores e galerias ordenam-se paulatinamente em complexa tessitura que, quando vai ver, já enredou mais um incauto no centro de sua arapuca.
* * * * *
Zelda Fitzgerald, antes de se desequilibrar na corda bamba da sanidade, escreveu: "buscar amor é buscar um novo começo, um novo ponto de partida na vida".
A melhor estratégia para explorar esse labirinto talvez seja agir com atenta distração. Escarafunchar o mundo com espírito de criança, com olhos que vaguem distraidamente atentos, capazes de se maravilhar com uma gota de orvalho no retrovisor de um carro, uma joaninha pousada no muro ou a raiz que rompe uma calçada. E, no ato de brincar, descobrir magia no que antes parecia ser tão banal, tateando o mundo como quem soletra pela primeira vez o alfabeto que arquiteta as estrelas.
Amar é perder-se e reencontrar-se no centro de um labirinto.

sexta-feira, junho 23, 2006

E Biba o São Joãoooo


Santo António já se acabouuuu
O S. Pedro está-se a acabar...
S. João S. João S. João
dá cá um balão para eu brincarrrrrr...
Bom S. João para todos...

HOJE É SOM JUOMMMM CARAGOO


"S. João tripeiro é uma grande manifestação de massas, eminentemente festiva, de puro cariz popular e que dura toda uma noite, com uma cidade inteira na rua, em alegre e fraterno convívio colectivo.Nas ruas os foliões passeiam o alho-porro, os martelos de plástico, compram manjerico e comem sardinha assada, aliás, é com uma boa sardinhada e um bom caldo verde que começa a farra! Fazer subir balões confeccionados com papéis de várias cores que passeiam no ar como sóis iluminados sob o impulso do fumo e o calor de uma chama que consome uma mecha de petróleo ou resina. É este cheiro a gente, a manjerico e erva cidreira, é esta poesia popular impregnada do espírito folião do povo que enche Junho no Porto e se expande do coração da gente, sobe ao ar como um fogo de artifício que ilumina a noitada.
Tudo começa na Ribeira, mas depois do Fogo de Artifício, todos os anos à meia-noite em ponto, a festa espalha-se pelos quatro cantos da cidade e só termina ao nascer do sol.
As rusgas de São João espalham-se de bairro em bairro, de freguesia em freguesia.Nas ruas mais centrais que, nessa noite, até ao nascer do sol, registam invulgares enchentes de povo, aparecem à venda as ervas santas e plantas aromáticas com evidente predominância do manjerico, a planta símbolo por excelência desta festa; o alho-porro, os cravos e a erva-cidreira. E para espantar o cansaço vai-se parando nos bailaricos de bairro, salta-se a fogueira e pára-se nas tasquinhas que se espalham pela cidade!E no Porto a festa tem como ponto de honra as Cascatas S. Joaninas (colocar a imagem do Santo num altar com o seu inseparável carneirinho e um sem fim de elementos que simbolizam o arraial) e que servem de disputa entre freguesias e bairros num concursos de beleza e homenagem.
Manda a tradição que a festa culmine com um banho de mar na Foz!
E no dia do padroeiro o manjar tradicional é o anho ou cabrito assado com batatas assadas e arroz de forno.
A festa de São João dá inicio às festas do Verão, daí as fogueiras e todas as "loucuras" da noite deste santo popular."

domingo, junho 18, 2006

ossos do ofício

Overdose de WI-FI


As meninas andaram atarefadas...
Andaram por aí.. pelos caminhos de Portugal! Os trabalhos foram muitos, as complicações bastantes, mas estamos de volta...
Foi triste este tempo sem visitar o nosso cantinho, a nosso journal diário, mas o que importa é, que regressamos cheias de vontade de postar, mesmo com esta overdose do WI-Fi, prometemos continuar a utlizar a Internet em grande.
Vemo-nos por aí...

Ciao...

quinta-feira, junho 01, 2006

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA


Nunca é demais lembrar, até porque poucas vezes isso tem sido feito, quais os direitos que assistem especificamente às crianças, e que estão consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança que foi elaborada em 1989 pelas Nações Unidas, que tiveram em consideração, entre outras coisas, o indicado na Declaração dos Direitos da Criança, adoptada em 20 de Novembro de 1959 pela Assembleia Geral desta Organização, que dizia que “a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais...”.







CRIANÇA!

Criança, tu és o conforto
Criança, tu és o amor.
Tu, que tens alegria nos teus olhos
E que aos outros ofereces amizade;
Tu, que caminhas
Sem maus pensamentos
E que amas
Sem rodeios Vem ...!
Vem comigo.
Dá-me a tua mão.
Criança,
Tu és o símbolo
Do amor
Da paz
E da liberdade.
Tu és o fruto
Da inocência
E da pureza.
Criança
Ajuda-nos a construir
Um mundo bom,
Como tu
Estrela brilhante!

(Poema de Paula Perna)