Às vezes dou comigo a pensar se seria mais feliz num modelo tipo das 9 às 18h, de segunda a sexta, ordenadinho certinho e patrão com cara de mau. Penso nisso quando o feriado tem sabor a dia dito normal e o sábado a dia mais que útil sem qualquer pudor. Têm sido assim os últimos dias e apesar de exausta não me consigo ver sem a agitação, o stress e o trabalho “pra ontem”. A juntar ao drama laboral vem o pessoal e a minha costela de Ophra que tem estado ao rubro no último mês. Tudo junto dá no dia de hoje, segunda-feira de chuva, dores de costas, de cabeça, de estômago, chá e bolachas de água e sal e uma sensação tipo ressaca de qualquer coisa inexplicável. Trabalho pra fazer mas sem método ou atitude ou vontade e cabeça cheia de problemas que no fundo não o são e pior, nem me pertencem. Quer dizer, excepto um, aquele que há 1 semana me interroga e que, a seu tempo, lhe darei o trato devido depois de, como diz a mãe “pensar bem no acto que vou realizar”.
E a isto se chama vida, ao trabalho fora de horas, às pessoas que se juntam a ele e se tornam agradáveis surpresas, aos que por isto têm menos de mim, aos que por outras razões têm mais… Aos que entram, aos que saem, aos que são, aos que foram, aos que querem muito ser… Aos novos projectos, aos antigos, aos renovados…