segunda-feira, novembro 12, 2007

in www.somostodasumasvacas.blogspot.com LINDO!!! :)

"Como as vacas, os bois por certo devem possuir, também, seus dilemas existenciais, “a la Shakespeare”. Só que, ao que consta, se mostra muito mais difícil para eles exterioriza-los, dada a sua “rudeza” masculina enrustida. Nós vacas, ao contrário, verbalizamos tudo, desde nossas crises à fraquezas, e às vezes até de forma exagerada, (vide as vacas verborrágicas da AP), e aí parece que tudo fica mais fácil ... (Só parece, viu, porque ser Vaca, e assumir essa singular condição, não se mostra tão fácil assim !)
Bom mas voltando aos dilemas bovinos masculinos, e aqui falando especialmente de BOIS-COMPROMETIDOS, assim entendido aqueles que possuem um curral institucionalizado, aqueles que possuem namorada bovina pública e notória, que são noivos e afins. Ou seja: Aqueles que já tem sua vaca própria, e/ou vivem/ convivem com uma, a que título seja. Enfim, aqueles que já se encontram vinculados à uma determinada e específica vaca, que não seja por certo a sua progenitora.
Pois bem, em minha singela opinião, acredito que o maior dilema desses caras, em sua especial e singular condição de BOVINOS COMPROMETIDOS, seja resistir à tentação das outras vacas, sempre de plantão, e nas intermediações de seu próprio curral seja ele, de caráter formal ou não.
Como já referido aqui, tanto por mim, quanto pela AP, existem por aí, VACAS às pencas que possuem uma inexplicável fascinação por bois da espécie COMPROMETIDOS, e infelizmente, por constatação da realidade (lembrem-se sempre vivi em rebanhos com predominância de machos), devo dizer, que a massiva maioria dos bois, não mostra grande resistência as delícias do PECADO ORGINAL BOVINO, com ESSAS VACAS ESTRANHAS. Havendo ainda, um sério agravante, e se porventura resistem, devem negar peremptoriamente o fato aos seus próprios colegas de rebanho, sob pena de virem a ser fatalmente confundidos, com os já conhecidos, BOI-PERA, BOI-FRUTA, BOI-VEADO, ou BOI-NÃO MUITO CHEGADO, como queiram chamar.
Dentro da ótica masculina portanto, é sempre melhor ser reconhecido, como um BOI-GALINHA, BOI-GARANHÃO e até mesmo um BOI-INFIEL do que com as espécies supra-referidas.
Vislumbra-se aí, então o grande dilema dos bois-comprometidos na atualidade: RESISTIR ou não RESISTIR às vacas que dão mole no trabalho, aquelas tidas como fáceis, (que todo mundo pasta), aquelas que se insinuam ofensivamente, mesmo sabendo que o cara é comprometido, enfim, aquelas literalmente VACAS, no sentido mais pejorativo que possa existir, e que nós “VACAS NORMAIS”, (certamente, também comprometidas com um determinado boi) estamos a repudiar.
O exemplo na prática do clássico masculino: Dia desses, um amigo bovino querido, apaixonadíssimo, ao que consta, por sua vaca institucional, me confidenciou que em uma viagem de trabalho, fora incitado e quase “obrigado” (é, devo acreditar, que vestiram no cara uma “camisa de força” daquelas para loucos), pelos demais colegas, também em viagem, a irem a um prostíbulo de vacas. Disse ainda, que não sentia a menor necessidade de ir a tal lugar, até porque se satisfazia plenamente com sua vaca formal, mas acabou indo, e justificou tal atitude “irregular”, na singela premissa, de que se não o fosse, seus amigos de rebanho o olhariam com um certo ar de desdém e desconfiança, podendo vir a traçar juízos equivocados sobre a sua masculinidade. E lá foi o cara, ao tal prostíbulo, “apenas” para confraternizar com seus amigos bois, defendendo assim, sob tal estapafúrdio pretexto, sua irreparável e incólume postura de boi-MACHO.
Este certamente ao que consta, deve ser o pretexto mais comum dos bois, a justificar suas “puladas” de cerca, a defesa da honra da sua MASCULINIDADE, mesmo que isso venha a fazer sua vaca companheira sofrer, e ou jogar ladeira abaixo, uma relação legal, que talvez detinha com determinada vaca.
Agora vamos fazer um juízo bovino às avessas, sob o enfoque bovino feminino: Porque será que nós vacas-comprometidas, quando somos copiosamente “cantadas” no trabalho, pelo chefe, colegas, subordinados, vizinhos, conhecidos e afins, não sustentamos nossa FEMINILIDADE aos moldes dos bois, justificando assim, também uma eventual pulada de cerca do curral? Certamente porque nossos bovinos, não suportariam tal argumento, por “n” razões até culturais, mas aí cabe a indagação, e porque nós VACAS, devemos suportar o contrário?
Seria muito mais ético e correto, exercer essa MASCULINIDADE toda, no lugar certo, e com a VACA elegida, e se esta, porventura não der mais no “couro” aí sim partir para as outras VACAS, ás fáceis, as não fáceis, ou as de sua especial preferência!
O dilema Skakesperiano bovino masculino, para mim seria assim de fácil solução: Uma VACA de cada vez, e à seu tempo.
Mas afinal mesmo, para quem os bois precisam provar que são de fato verdadeiros HOMENS? Para nós VACAS, ou para eles mesmos? Será que nascer com “bolas”, já não se mostraria mais do que suficiente? Rs Rs Rs Rs"

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