As estradas e o Álcool

Portugal é o quarto país onde se detectam mais condutores com excesso de álcool. É apenas ultrapassado pela Moldávia, Reino Unido e Itália. Em 2005, a maioria dos condutores que morreram por acidentes de viação tinha um nível de excesso de álcool no sangue punível com prisão, 1,2 gramas por litro. É verdade que já se fizeram enormes progressos nos últimos anos. Quem se lembra como se conduzia há duas décadas reconhece que o País é hoje mais civilizado. Do que se falava há uns anos era da agressividade dos condutores portugueses, alinhando Portugal com os países menos desenvolvidos no mundo... hoje fala-se de excesso de álccol...
O álcool não estimula, mas deprime. O seu uso constante dilata as pupilas, torna os olhos avermelhados, o rosto rubro, a respiração pesada e rápida e o cheiro da bebida no hálito. Ele actua sobre as células nervosas do cérebro e diminui a reactividade dos centros nervosos existentes nesse órgão. O álcool, mesmo em pequenas quantidades, altera a capacidade de raciocínio e coordenação. Seu uso continuado e excessivo deteriora o corpo e o espírito e pode até conduzir à morte.
Por todos estes motivos e mais alguns ás vezes dou por mim a questionar o porquê que tantas pessoas recorrem a este tipo de vícios para se sentirem mais felizes, mais desinibidas, mais alegres... a verdade é que não passam de momentos, quem está ali não é de facto a pessoa, mas essa com o efeito de substancias que a ajudam a alterar a sua maneira de ser.. pura teatralização!!
Sei que toda a gente está cansada de ouvir sempre as mesmas coisas, mas a responsabilização começa por pequenas coisas, esta poderia ser uma delas... Nós não vivemos sozinhos, mas sim em sociedade e por vezes as nossas más condutas não nos afectam somente a nós, mas também terceiros, que não têm qualquer culpa de agirmos com irresponsabilidade!!