Mais uma publicidade à revista ELLE encontrada no fundo do baú...
"Como posso ser aquela que tu desejas e aquela que tu tens?"
"Como posso ser aquela que tu desejas e aquela que tu tens?"
"Ainda ontem, tentei reconhecer a minha mãe nas velhas fotografias da sua juventude. Numa delas, está encostada a um poço, com uma flor silvestre na mão e a olhar para a câmara. Esta pose deliberada só podia ser a consciência que ela tinha de que o campo, o poço e a flor pertenciam à sua beleza... Ficaram na fotografia, como talvez ainda hoje existam na recordação do meu pai... Como é que tu preferes? Que eu seja a tua namorada, mulher ou amante ou aquela que segues com os teus olhos por onde me seguem os olhos dos outros homens?
Não me chames volúvel, egoísta. Compreende que, se me tivesses, terias apenas uma das mil formas da mulher; longe de mim, talvez a nostalgia te consuma, mas, perto, não ficarás sossegado. Compreende que o meu rosto, o meu corpo te fascinam apenas enquanto forem meus: porque insistes em possuí-los?
Vê: pinto-me para que o meu verdadeiro rosto não fique pendurado na tua memória como um quadro esquecido...”
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