Depois do filme...

Fui ver "Memórias de uma Gueixa". Já tinha lido o livro mas confesso que já não me lembrava de muitos pormenores. Lembrava-me da história. Lembrava-me das descrições. Lembrava-me da paisagem que fantasiei. Lembrava-me da imagem de uma Gueixa!!! Lembrava-me de ter desvendado parte do mistério dessas mulheres “brancas”, vestidas com preciosos quimonos de seda e confirmar que, a ideia ocidental de que as Gueixas são simples prostitutas de luxo, é um grande equívoco que explica, ao mesmo tempo, o preconceito e o romantismo que as cercam. "As gueixas são como actrizes", "Elas vendem aos seus clientes o sonho de uma mulher perfeita, e fazem com que eles se sintam atraentes e importantes" (Lucy Moss). Não deixa de ser uma teoria bonita se tirarmos o verbo vender. E ao contrário do que muitos imaginam, um cliente que paga pelos serviços de uma gueixa muitas vezes não recebe sexo em troca. Mas será que estávamos assim tão errados ao compará-las com a D. Olívia que está todos os dias na Via Norte a “dar o pipi”? Estávamos… a D. Olívia é uma desgraçada, desdentada, que recebe 5 euros por cliente e uma Gueixa é uma Gueixa e até pode receber 15000 ien na primeira vez que dá, perdão, vende o pipi. Será apenas uma questão cultural? Não sei… Como mulher decidi que não vou discutir a cultura japonesa, apenas absorver a informação. Venham as Gueixas, os Samurais, a Yakusa, os are kiri, o karaté e os bonsais… Venham os filmes, que eu cá estarei pra ver!!!